sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Como Publicar seu Livro de Forma Independente pelo Amazon Kindle Direct Publishing

 A primeira coisa que vão falar para você sobre publicar um livro de forma independente é a questão da credibilidade. De acordo com a opinião de algumas pessoas, um autor só é levado a sério se tiver uma editora para referendar o seu trabalho.

Mas, se você chegou até esta página é porque está pouco se lixando para esse tipo de opinião. Então, vamos ao que interessa.

Se você tem um bom conteúdo, seja ele didático, técnico ou literário, de qualquer gênero (romance, poesia, crônicas, biografias) e quer publicar por uma plataforma de alcance global, a Amazon KDP é o melhor lugar para você.

Vantagens

1. É um serviço gratuito, em todas as etapas, sem exigência de compra antecipada de exemplares. Ou seja, você publica e entra quase imediatamente na lista de livros da gigante Amazon. Além do e-book, que está se consolidando na opção de leitura de um grande público, há a opção de fornecer uma versão impressa. E o melhor, você também não paga nada. Não é obrigado a comprar nenhum exemplar. O serviço trabalha com impressão sob demanda e é extremamente eficiente, não precisando impor a compra de nenhum exemplar por parte do autor. Aliás, este é o verdadeiro serviço de impressão sob demanda.

2. Burocracia quase zero. Isso mesmo. Você se cadastra na plataforma, informando seus dados, sobe seu conteúdo para o servidor do KDP, preenche os dados do seu trabalho e clica em um botão chamado publicar. Para quem mora no Brasil, isso chega a ser assombroso, pois estamos acostumados a enfrentar cotidianamente uma burocracia gigantesca para quase tudo que fazemos.

3; Tudo é resolvido on-line. Você não vai precisar assinar papeis impressos, muito menos lavrar coisa nenhuma em cartório. Você é autor, deve se preocupar em produzir e não ficar se desgastando com pendências jurídicas anacrônicas.

4. Seus direitos autorais são respeitados. Em momento nenhum você perde o controle sobre a sua obra. Você pode cadastrar e retirar do cadastro do KDP Ilimitado (serviço para assinantes que paga a você por página padronizada lida). Como o serviço é exclusivo para assinantes, a única exigência feita pelo KDP é que você não disponibilize o mesmo livro em outras plataformas (não faz sentido ser exclusivo para assinantes se estiver disponível para outras pessoas de fora).

5. Pagamentos mensais. Todo mês que houver vendas ou páginas lidas no programa KDP Ilimitado, o pagamento de royalties será feito, independente do valor. Isso mesmo. Há plataformas que só pagam se o saldo for igual ou superior a R$ 100,00 por exemplo. Lembre-se de que a adesão ao KDP Ilimitado é opcional.

Como se cadastrar?

Importante: se você já é cliente Amazon, pode entrar no KDP usando o mesmo login e senha de cliente. Para quem ainda não é cliente, os passos estão a seguir.

Você pode entrar no site do serviço KPD clicando aqui, ou, se preferir, pode pesquisar no Google por KDP e você achará o link: https://kdp.amazon.com/pt_BR/.

 

Dentro da página, você verá no lado direito superior os botões para entrar (para quando já tiver cadastro) e Inscrever-se, que é o que você usa quando vai se cadastrar no serviço.






Se mesmo depois de clicar em inscrever-se, você for direcionado para uma tela de login, você pode rolar essa tela para encontrar o botão Criar conta do KDP.



Ao clicar nesse botão, uma janela com um pequeno formulário será aberta, onde você colocará seu nome, seu e-mail e uma senha que precisará ser repetida logo abaixo (escolha uma senha forte e não a esqueça).

Formulário preenchido, você já pode acessar o KDP do ponto de vista de autor.

Alguns dados adicionais serão necessário, como dados fiscais, informações bancárias (conta em que a Amazon deverá depositar seus royalties), etc.

A plataforma é muito intuitiva e você não terá dificuldade em seguir as telas para publicação do seu trabalho.


Na parte superior, você encontra as opções Biblioteca (onde terá a lista de suas publicações), Relatórios (onde você acompanha suas vendas e páginas lidas no KDP Ilimitado), Comunidade (onde você pode participar de fóruns com outros autores independentes), e Marketing (onde algumas ações de marketing podem ser ativadas.


Logo abaixo, você verá a opção de Criar um novo livro, que pode ser um e-book, um livro de capa comum e, o mais novo serviço, livro de capa dura.


É possível também criar uma série de livros (como aquelas famosas trilogias).

Após clicar em um desses botões, você deve percorrer três etapas.


Etapa 1: Detalhes do e-book - aqui você deve preencher os dados como idioma, título, série (se for parte de uma série), número da edição, autor e outros colaboradores (se tiver, por exemplo: editor, fotógrafo, etc), descrição, confirmação sobre os direitos autorais, etc.


Etapa 2: Conteúdo do e-book - é onde você fará o up-load do miolo do seu livro, definir a capa, etc.


Etapa 3: Preço do e-book - nesta etapa você define o preço do e-book e esta é uma etapa crucial para os seus objetivos com relação ao público que quer alcançar ou ao público que você já possui. Caso não tenha ideia de qual preço definir, o melhor é fazer uma pesquisa sobre títulos semelhantes. Mas leve em consideração também sua expertise no assunto, se for o caso.


Percorridas as três etapas, você verá um botão com a palavra mágica: PUBLICAR.


E a mágica acontece. Claro, por questões de segurança, haverá um período de revisão automática de sua obra, mas depois seu livro estará disponível nas lojas da Amazon.


A finalidade dessa postagem foi ajudar uma pessoa como você a publicar livros de forma rápida, prática e vantajosa.


Observe, no entanto, que é sempre recomendado que você peça alguém para fazer uma revisão do texto para diminuir erros de digitação, por exemplo. E, claro, você deve sim registrar seu livro. Mas isso é assunto para outra postagem.


Um forte abraço e até breve!


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Método de Gauss-Seidel no SCILAB

 O método de Gauss-Seidel é um método iterativo para resolução de sistemas de equações lineares. Embora seja de fácil implementação, a condição de convergência se limita a matrizes diagonais dominantes.

Aqui descrevo o código feito no Scinotes do Scilab 6.1.1. Optei por figuras, em vez de simplesmente colar o código aqui porque esse blog é dedicado a aprendizagem.

A primeira figura é basicamente o cabeçalho com as variáveis que serão utilizadas pela função criada pelo script. Você pode clicar sobre a imagem para ler melhor, se for preciso.

A função GS criada deve receber a matriz do sistema de equações e o tamanho do erro admitido, designados pelas letras m e eps, respectivamente.
Logo em seguida, l recebe o número de linhas da matriz e c, o número de colunas. Criamos duas matrizes auxiliares, a e b, vazias, inicialmente.

Na linha 8, iniciamos um laço que percorre as linhas seguido de outro laço que percorre as colunas da matriz (chamamos isso de laços aninhados). A função desses laços é simplesmente separar a matriz m em duas matrizes: a dos coeficientes e a dos termos independentes. Ainda temos as variáveis soma e converge, com valores 0 e 1, respectivamente. A variável soma será utilizada para acumular os valores dos coeficientes multiplicados pela respectiva incógnita, que é usada no isolamento da incógnita de interesse. A variável converge é para o caso de a matriz não ser diagonal dominante e a função emitir um alerta ao usuário.
Em if (++1) == c, temos uma verificação sobre a dimensão da matriz. Isto é, precisamos saber se o número de linhas mais 1 é igual ao número de colunas. Caso afirmativo, entramos no laço sobre as linhas aninhado com um laço sobre as colunas. Aqui temos o cuidado de percorrer c-1 colunas, pois a incógnita que está sendo isolada está em uma coluna que não deve ser contada. Para que a função ignore a coluna da diagonal, temos uma verificação: se i == j, a soma não sobre nenhuma alteração. Caso contrário, incrementamos seu valor com o valor absoluto da posição (i,j) da matriz dos coeficientes.
Logo depois do fechamento do laço condicional e do laço das colunas, temos uma verificação sobre a matriz ser ou não diagonal dominante. Se não for, o valor de converge é mudado para 0. A soma é novamente zerada e os laços condicional e das linhas são fechados.
Lembra do condicional sobre se a matriz tinha o número de linhas mais 1 igual ao número de colunas? Caso isso não seja verdade, a função muda o valor de converge para 0 e emite um alerta ao usuário. Depois do fechamento desse laço condicional, se o valor de converge não tiver mudado nas condições anteriores, a função inicia o bloco que vai efetivamente aplicar o método de Gauss-Seidel.
Primeiro criamos uma matriz coluna de zeros com o mesmo número de linhas da matriz m. A matriz auxiliar y recebe a matriz x e a mesma é apresentada na tela, pois será nosso vetor inicial. Temos dois laços aninhados pela frente, um percorrendo as linhas e outro percorrendo as colunas da matriz dos coeficientes. A variável soma é redefinida como zero e um laço condicional verifica se estamos num elemento da diagonal. Se for verdade, não faz nada. 
Se não for um elemento da diagonal, a soma é subtraído do valor da respectiva componente do vetor multiplicada pelo seu coeficiente no sistema original. Na linha 48, fora do laço das colunas, o valor de x(i,1) é atualizado - correspondendo ao seu isolamento na equação original. O vetor x atualizado é mostrado na tela pelo comando disp(x). Definimos, então, a variável cont, a matriz SX e a variável smax, que serão usadas adiante.
Entramos em um laço para calcular o erro relativo que percorre as linhas de x e de y, ou seja, o valor atual do vetor e seu valor antigo.
A variável smax recebe o maior valor entre as diferenças dos dois vetores. Daí, temos um laço que será repetido enquanto o erro for maior que o valor predefinido de eps. Na linha 59, fica claro que a variável cont será usada para saber quantas iterações foram executadas. Na linha 60, o vetor y recebe o x mais recente. Os próximos laços repetirão o processo de isolamento da componente da diagonal para cada linha. O bloco em branco no laço condicional indica que o elemento da diagonal não é considerado para o cálculo da soma. 
Na última figura, as linhas 68 e 69 encerram os laços condicional (mais interno) e das colunas. O vetor a componente i do vetor x é atualizada na linha 70 e o laço das linhas é fechado. O vetor x é mostrado novamente na tela, e outro laço calcula o erro relativo para que seja comparado com o valor de eps no laço while. O smax recebe o erro máximo e o laço while é fechado. O end na linha 80 fecha o laço condicional aberto na linha 35.
O fechamento da função é feito pela expressão endfunction. Precisamos salvar e executar o script para usá-lo a partir do console do Scilab.
Primeiro, escrevemos a matriz M, conforme a sintaxe da figura. Temos uma matriz que inclui a matriz dos coeficientes e os termos independentes.
Na linha nova do prompt, digitamos a chamada da função criada. Suas entradas são a matriz e o valor de eps. 
Com esses parâmetros, a função aplicará o método de Gauss-Seidel e retornará a resposta correta depois de 8 iterações. Como usamos uma matriz diagonal dominante, temos a convergência garantida. Veja o resultado na última figura, mostrando o vetor inicial e os vetores intermediários, obtidos em cada iteração.
Se ficou com alguma pergunta a fazer, basta comentar aí, ou me procurar pelo Facebook ou Instagram: @marcospinnto.


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Gravar Áudio do PC usando o Audacity no Windows 10

 Você quer fazer com que o software Audacity capture som direto do seu PC? Então, vou direto ao ponto. Primero, saiba que o procedimento foi realizado no Windows 10, mas em outras plataformas o procedimento deve ser, pelo menos, parecido.

1. Clique com o botão auxiliar do mouse (direto par destros) sobre a figura Alto-Falantes e  Escolha a opção Abrir Configurações de som.


2. Desça até a seção Entrada e troque a opção atual de entrada pela Mixagem estéreo. Se ela não estiver presente, vá para o passo 3. Se estiver, pule para o passo 5.

3.  Caso a opção Mixagem estéreo não esteja presente, clique no link para Gerenciar dispositivos de som. Em seguida, verifique que a Mixagem estéreo está desabilitada.

4.  Clique sobre o item Mixagem estéreo e, depois, sobre o botão Habilitar.

5. No Audacity, mude a entrada para Mixagem estéreo.


Eu segui exatamente esses passos e consegui gravar os sons diretos do meu notebook. Espero que você também consiga.
Abraço e até breve!


quinta-feira, 15 de julho de 2021

Preço Médio de Ações na Bolsa de Valores

 Uma dúvida muito frequente para investidores iniciantes é o chamado preço médio das ações negociadas. Aqui eu mostro alguns exemplos para que você aprenda a calcular o preço médio de forma fácil e rápida.

Na primeira parte, vamos entender os cálculos, que você pode fazer usando até a calculadora do celular. Na segunda parte, vamos ver como escrever uma fórmula em uma planilha de cálculo como o Excel ou o Calc.

PRIMEIRA PARTE

Primeiro exemplo: digamos que um investidor tenha comprado dois lotes de ações PET4, o primeiro a 27,08 e o segundo a 27,62. Cada lote padrão tem 100 ações, portanto, temos de multiplicar cada valor por 100 para obter o custo total de cada lote. Falta incluir, para cada lote, o custo da operação.

Na nota de corretagem, estão discriminados os custos com emolumentos, taxa de liquidação e os custos operacionais. O total de custos deve ser adicionado ao valor pago pelas ações, pois isso será importante para que o investidor calcule corretamente o seu lucro ou o seu prejuízo.

Digamos que os custos com o primeiro lote e com o segundo tenham sido, respectivamente, 10 e 10,50. Teremos como preço médio:

(100 x 27,08 + 10 + 100 x 27,62)/(100 + 100) = 27,40.

Segundo exemplo: Compra de 5 cotas de um fundo imobiliário por R$ 150,00, mais 10 cotas por R$ 145,00 e mais 5 cotas por R$ 148,00. Se houver custos, eles devem ser adicionados. Vamos supor, neste exemplo, que o investidor seja isento dos custos. O preço médio ficaria:

(5 x 150 + 10 x 145 + 5 x 148)/(5+10+5) = 147,00.

Terceiro exemplo: (comprou, vendeu, recomprou) neste exemplo, o investidor comprou 100 ações XXX4 por R$ 800,00, mais 200 por R$ 1.800,00 e mais 100 por R$ 1.000,00. Depois, ele vendeu 200 por R$ 2.200,00. Por fim, ele comprou novamente 200 ações por R$ 1.900,00 Note que já informei o preço total de cada compra, de onde podemos obter o preço unitário, caso queiramos.

Precisamos calcular o preço médio nas três compras iniciais. Vamos desconsiderar aqui os custos da operação apenas para simplificar os cálculos.

Preço Médio Inicial = (800 + 1800 + 1000)/400 = 9,00.

Com a venda, o preço médio não muda. Mas, depois da recompra, é preciso calcular o novo preço médio.

Novo Preço Médio = (9 + 9,50)/2 = 9,25.

O 9,50 é o preço unitário da última compra. Daí, bastou adicionar esse valor ao preço médio antigo e dividir por 2.

SEGUNDA PARTE

Agora, vejamos como ficaria uma fórmula em uma planilha de cálculo.


Na figura, repare nas letras acima das colunas e nos números na extremidade esquerda das linhas. Esses dois elementos nos darão o endereço de cada célula. Célula é como chamamos o encontro entre uma coluna e uma linha em uma planilha.

Normalmente, empacotamos, ao máximo, nossos cálculos, para torná-los mais fáceis de revisar e corrigir eventuais erros. Dessa forma, separamos uma coluna para as quantidades, outra para o preço unitário e outra para os custos da operação. O total na linha 2 é dado pela fórmula:

=B2*C2+D2.

O sinal de igual sempre inicia uma fórmula, seja no Excel, no Calc ou nas Planilhas Google. Para os totais nas linhas 3 e 4, basta trocar o 2 por esses números, na sua respectiva posição.

Os totais da coluna Quantidade e da coluna Total são calculados, respectivamente, pelas fórmulas predefinidas:

=SOMA(B2:B4)

=SOMA(E2:E4)

A fórmula SOMA efetua a soma dos valores desde a célula antes dos dois pontos até a célula depois dos dois pontos. Seria o mesmo que fazer =B2+B3+B4 na coluna de Quantidade, por exemplo.

Por fim, o preço médio é calculado por:

=E5/B5

Lembre-se de que todos os exemplos dados são hipotéticos e não devem ser entendidos como recomendação de investimento sob nenhuma ótica.

Você pode calcular o preço médio nesta página: CPMEDIO.

Média Móvel*: que bicho é esse?

 A média móvel se tornou popular por conta da pandemia de 2019 até 2021 (ainda estamos nesta no ano de lançamento desta edição…), infelizmente. Mas, ela é uma velha conhecida do mercado financeiro, sendo usada para indicar tendências de subida ou de queda de ativos ao longo do tempo.

Seu funcionamento básico é bastante simples e basta que você o compreenda para entender todas as suas variações.

Imagine que você está contando o número de pessoas que veem seus vídeos por dia. Hoje, você pode calcular a média, digamos, das visualizações nos últimos 5 dias. Mas, amanhã, os 5 dias serão outros, concorda? O que você precisa fazer? Isso mesmo, pegar a nova quantidade de visualizações e deletar a mais antiga.

Veja uma ilustração:

Dia mais antigo

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

Dia novo

Sua primeira média seria igual a

(Dia mais antigo + 2º dia + 3º dia + 4º dia + 5º dia)/5

Sua segunda média seria igual a

(2º dia + 3º dia + 4º dia + 5º dia + Dia novo)/5

Sua média está “se movendo” para a frente, de acordo com a passagem do tempo. Cada média calculada pode ser anotada para gerar o gráfico da média móvel.

* Este texto foi extraído na íntegra do livro ESTATÍSTICA BÁSICA para quem não é especialista.

sábado, 10 de julho de 2021

Google Classroom e as dúvidas de alguns professores

 No ano de 2021, pandemia parte 2, as aulas remotas continuaram e a plataforma da gigante Google continuou sendo uma das mais usadas no Brasil. Como ocorre com toda nova ferramenta, surgiram dúvidas, tanto por parte de alunos e alunas quanto por parte de professores.

Listo aqui algumas das dúvidas que chegaram até mim, no papel de mentor, ou mesmo por meio de terceiros.

  1. Como abrir uma nova turma? É. Eu sei que parece fácil, mas, como falei, tudo o que é novo provoca dúvidas e é natural que para alguns uma coisa pareça elementar enquanto que para outras é algo muito obscuro. Para abrir uma nova turma, estando no ambiente Classroom, basta clicar no sinal de soma (+), perto da sua foto de perfil, e escolher Criar turma. A configuração depende, claro, das características da turma, então, você preenche nome, seção, assunto e sala, de acordo com a finalidade. Ah!, se antes surgir um aviso sobre se você está usando a ferramenta para aulas em uma escola, é porque a conta que você está usando é a pessoal e não a institucional (criada pela sua escola). No entanto, podem-se criar turmas com contas pessoais, marcando a caixa de seleção com o aviso de ciência.
  2. Como gerar um link permanente para o Meet? Se o seu perfil já é institucional, o link já aparece no topo do mural da turma. Você só precisa configurar para que ele não fique visível para a turma, caso assim deseje (falo adiante sobre isso). Caso seja uma conta pessoal, você também pode criar o link no próprio Meet (criar link para depois) e postar no mural da turma.
  3. Por que deixar o link do Meet oculto para a turma? Quem inicia a chamada pode gravar o encontro, entre outras coisas. Imagina se um aluno ou uma aluna resolve bagunçar o encontro e se negar a iniciar a gravação ou fazer coisa pior? Se você não quiser correr riscos dessa natureza, deixe o link oculto.
  4. Como criar uma atividade? Olha, você até pode usar os meios mais antigos, como pedir para enviar por WhatsApp, ou por e-mail, mas dentro do Classroom fica tudo muito mais organizado, inclusive o lançamento de nota, a entrega dos arquivos. Para criar uma nova atividade, basta colocar na aba de atividades e clicar no botão Criar. Você pode criar uma atividade simples ou uma atividade com teste. Dentro de cada atividade, você terá acesso às principais ferramentas de apoio para atividades (desenho, planilha, documento de texto, formulário) e também pode inserir materiais distintos (arquivos de vários formatos, links, YouTube, pasta do drive, etc). Você ainda pode configurar a pontuação pela atividade e definir a data de entrega, entre outras coisas.
Essas foram as quatro dúvidas que mais se repetiram. Claro, ao longo do uso, muitas dúvidas surgem, mas você sempre pode usar o suporte do Google ou perguntar a alguém próximo. Se preferir, pode comentar sua dúvida aqui no LETIONARE. Teremos prazer em responder.
Forte abraço e até breve!

domingo, 18 de abril de 2021

Cálculo do Imposto em Operações de Day Trade e Operações Comuns

 Uma maneira de o governo desestimular o comportamento especulativo na bolsa de valores é a cobrança de impostos. As operações de Day Trade, por exemplo, sofrem tributação de 20% sobre o lucro e devem ser recolhidos e declarados independentemente do valor negociado.

Já as operações comuns, consideradas aquelas em que a/o investidora/investidor compram em um dia e vendem em outro (ou vice-versa) são tributadas em 15% sobre o lucro e, se o total vendido não ultrapassar o valor de R$ 20.000,00, o lucro terá isenção do respectivo imposto.
Por exemplo, uma investidora compra 1.000 ações da XXX3 pelo preço médio de R$ 12,00 no dia 19/04/2021 e vende a mesma quantidade, do mesmo ativo, pelo preço de R$ 13,00, no dia 21/04/2021.
O total da venda é R$ 13.000,00. Se não houver mais vendas dessa investidora que ultrapassem os R$ 20.000,00, o lucro de quase R$ 1.000,00 será isento de imposto.
Falei quase mil reais porque aí não foi incluso o custo da operação: taxa de corretagem, emolumentos, etc.
Você também deve ter notado a referência ao preço médio, em vez de preço de compra. O preço médio é o que deve ser usado para fins de cálculo de imposto e também na declaração anual de imposto de renda.
Vejamos um exemplo de preço médio:
(i) uma compra de 100 ações da XXX3 a R$ 11,00 e o custo da operação foi R$ 10,00. 
(ii) outra compra de 200 ações da XXX3 a R$ 10,50 e o custo da operação foi R$ 12,00.
O preço médio da ação XXX3, neste caso, seria:
No caso de vender as 300 ações acima, digamos, pelo preço de R$ 12,00, no cálculo do eventual imposto, deve-se usar o preço médio aí calculado. Mesmo que não haja imposto a recolher, na declaração anual de imposto de renda, que é obrigatória para quem efetuou operações na bolsa de valores, os ativos devem ser declarados pelo preço médio.
O preço médio que não inclui os custos é utilizado para acompanhar o desempenho do ativo na sua carteira de investimentos.
Uma planilha preparada para calcular o preço médio foi disponibilizada por mim na postagem Planilha de Controle de Trader.
Os custos de que falei podem ser encontrados na sua nota de corretagem, normalmente enviada por e-mail no dia seguinte ao da operação.
Um livro que gostei muito de ler é Os Segredos da Análise Técnica, da editora Novos Mercados.
Outro livro muito procurado por quem quer motivação para investir é Do Mil ao Milhão. 

É sempre um prestígio ter você aqui!

Forte abraço e até brevíssimo!

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terça-feira, 13 de abril de 2021

Prova Remota Pesquisada: as razões simples dessa escolha

No contexto de ensino remoto, surgiu para vários profissionais de educação uma preocupação justa com a avaliação. Se avaliar com justeza numa situação presencial de ensino é difícil, multiplique-se essa dificuldade várias vezes quando se considerar uma situação remota.

PREOCUPAÇÃO COM A COLA VIRTUAL

Contudo, para mim, uma coisa estava clara: a aprendizagem nunca esteve tanto sob a responsabilidade da(o) aprendiz como no ensino remoto. Como garantir, por exemplo, que a pessoa apenas se conectasse durante a aula e fosse fazer qualquer outra coisa? Não se pode, por exemplo, exigir que ninguém ligue a sua câmera, pois isso seria infração ao direito da imagem e, em algumas vezes, da própria intimidade de uma pessoa. A entrega de tarefas também poderia ser facilmente delegada a terceiros sem que professores pudessem contestar a autoria daquelas.

No que tange à avaliação, a situação se torna ainda mais complexa, uma vez que, mesmo para professores que consideram exames iguais a avaliações, aplicá-los  sem o acompanhamento (leia-se: fiscalização) presencial se torna bastante difícil. Para ilustrar situações possíveis, gosto de usar caricaturas e a situação que narro adiante é uma caricatura. 

ILUSTRAÇÃO: Suponha uma pessoa fazendo um exame de forma remota. A pessoa se submete a deixar sua câmera ligada e a permanecer diante dela, digamos, por duas horas seguidas. Quem aplica o exame fica, por sua vez, com os olhos na tela, por duas horas, acompanhando quem está fazendo o exame. Mas, por trás da câmera, há uma pessoa resolvendo as questões para que a pessoa simplesmente copie em seu formulário. A "pessoa por trás da câmera" pode ser substituída por um dispositivo eletrônico, ou mesmo uma lista de soluções parecidas com as que seriam cobradas no exame, e várias outras maneiras de se praticar a "cola virtual".

A única garantia, neste caso, seria o comprometimento da(o) aprendiz com sua aprendizagem.

VIDA ESCOLAR VERSUS VIDA COMUM/PROFISSIONAL

No entanto, a vida escolar, normalmente adora se afastar do cotidiano e das situações da vida profissional. Como costumamos fazer exames? A pessoa encarregada da aplicação lista os tópicos, apresenta exemplos de situações e problemas, recomenda exercícios de fixação na memória, etc. Quem deve se submeter aos exames, estuda aqueles tópicos, resolve problemas e exercícios, faz anotações e prepara toda a sua memória para funcionar bem no dia do exame.

Vamos apreciar duas características na situação acima: 1) seja qual for o problema que cair no exame, somos avisados antes sobre o que eles versarão; 2) não teremos acesso a informações, dados, lembretes que nos libere do esforço de memória para resolver os problemas propostos.

Pergunte-se o que acontece no seu cotidiano em relação a problemas. Eles costumam avisar que dia virão? Costumam dizer qual a sua natureza, antes de aparecem diante de você? Acho que para quem não é vidente o não é a resposta para as duas perguntas. Vamos mais adiante: no seu cotidiano, para resolver os problemas, você recorre exclusivamente a sua memória? Poucas pessoas fariam isso. Principalmente no atual cenário tecnológico.

Por outro lado, seria correto, do ponto de vista avaliativo, fazer um exame sem que a/o examinando soubesse o conteúdo previsto para o mesmo? Evidentemente, não. O exame, por definição, deve examinar alguma coisa, em geral a proficiência em determinado tópico. Dessa forma, o examinando deve sim ter conhecimento do tópico, mas não da forma como esse tópico será apresentado. Por quê? Porque se ele tem conhecimento do tópico e da forma, o exame passa a ser mero teste de memória. Se ele for bom em memorizar números de telefone, se sairá bem em qualquer exame dessa natureza. Entenda a forma aqui como modelos de questões, abordagens de problemas.

No mundo fora da escola, os problemas surgem de formas variadas, precisando serem abordados de formas igualmente variadas. Em geral, cada profissional detém uma gama de habilidades que o permite lidar com problemas específicos de sua área. Quando surge um problema que está fora do seu campo de atuação, esse profissional é capaz de reconhecer isso e pedir ajuda de outro profissional que atue no campo do problema em questão. Mesmo quando o problema é do seu campo de atuação, caso ele não o tenha enfrentado repetidas vezes e da mesma forma, terá de recorrer à pesquisa sobre os tópicos aos quais o problema lhe remete, para resolvê-lo.

Foi refletindo sobre isso que decidi aplicar exames nos quais a/o discente tinha a permissão para consultar em meios físicos (livros, por exemplo) ou digitais (incluindo uma busca pela internet). O exame poderia ser focado apenas na memória, proibindo a consulta por qualquer meio. Como dito no início, essa proibição seria no máximo simbólica, pois nenhuma garantia de cumprimento eu poderia ter. Mas, esse não é um motivo justo para liberar as consultas e sim um reconhecimento de impotência. Por isso, o motivo pelo qual decidi fazer exames com permissão de consulta foi o de incentivar a pesquisa sobre os tópicos que versavam o exame e estimular a habilidade de interpretar dados e informações de fontes diversas para responder corretamente às questões formuladas.

BENEFÍCIOS

Situações onde nos deparamos com um problema e somos levados à necessidade de pesquisar são mais factíveis do que memorizarmos uma sequência de passos para repetirmos em todas as situações. As atividades que requerem a mera repetição de procedimentos estão sendo executadas por máquinas ou estão a caminho de o ser.

A necessidade de busca por dados, informações ou mesmo técnicas para solucionar determinados problemas aparecerá com mais frequência na vida profissional do que a necessidade de uma excelente memória. Por isso, habituar discentes à pesquisa e à construção de seu conhecimento deve ser um dos objetivos nos processos de ensino-aprendizagem.

RISCOS/PERIGOS

Contudo, não podemos esquecer que essa liberação para consulta pode dar muito errado. Dará muito errado quando essa liberação se depara com uma/um discente imatura/o, que ainda não percebeu que ela/ele está competindo todos os dias com ela/ele mesmo(a) e que deve correr muito para se superar cada dia, se quiser ter algum progresso real na vida escolar. Falo real, não por outro motivo, mas para contrapor ao progresso formal. Como assim? Existe um progresso formal, que é aquele que diz que a pessoa passou de ano, passou na disciplina, colou grau. Mas esse progresso pode não ser igual ao progresso real, que corresponde ao nível de desenvolvimento das habilidades previstas para aquele curso e o nível de conhecimento adquirido.

 E DAÍ? VOCÊ SÓ QUER O DIPLOMA

Obviamente, essa liberação de consulta para exames aplicados remotamente pode beneficiar quem aproveita a oportunidade para aprender. Ao passo que pode prejudicar quem ainda não entendeu que, diante da vastidão de informações disponíveis, o progresso formal não será o bastante.

sábado, 20 de março de 2021

Planilha de Controle de Trader

Olá!

Pensando nos aperreios porque passam alguns investidores no primeiro ano de operação na bolsa de valores brasileira, resolvi elaborar o produto que me custou algum tempo de estudo em livros, textos e vídeos pela internet.

Essa planilha é uma opção para quem não quer investir em um software específico que, claro, é muito mais prático do que uma planilha. No entanto, nem todas as operações estão listadas nela, sendo indicada principalmente para quem quer investir na bolsa de valores pensando no médio ou longo prazo.

Por isso, veja as figuras com as partes da planilha para que tenha certeza se vale ou não a pena você baixar o arquivo.




Os termos de uso são uma formalidade exigida pela maioria dos provedores, o que vejo como uma boa prática na internet. Leia os termos e, se decidir utilizar a planilha, desejo um bom proveito dela.

Adquira a sua na Eduzz clicando aqui!

TERMOS DE USO

Esta planilha foi elaborada pelo proprietário do blog LETIONARE, professor Marcos Pinnto, denominado aqui de autor.

Ao obter esta planilha, o utilizador não está sujeito a nenhum vínculo contratual formal ou informal com o autor da mesma.

O autor permite a cópia para mais de um dispositivo do mesmo usuário.

O utilizador também reconhece de forma inequívoca que o autor não tem nenhuma responsabilidade pelo uso da planilha.

Fim dos Termos de Uso.



domingo, 28 de fevereiro de 2021

Planilha de Controle Financeiro Pessoal

 Embora um software próprio seja uma solução muito mais prática do que uma planilha, é difícil confiar suas informações financeiras a um aplicativo qualquer. As planilhas são uma opção para quem não quer investir em um software específico para controle financeiro por serem caros, ou por não serem tão personalizáveis, ou simplesmente por não confiar na segurança do software.

Pensando nessas pessoas, mas principalmente nas que não têm ideia de como elaborar uma planilha, deixarei aqui o link para o Libre Office, pacote composto por um editor de textos, um manipulador de planilha de cálculo e outros softwares para escritório. Este pacote é open source, o que significa que, se você quiser, pode "abrir o código" e ver o que tem nele. Não é meu intuito aqui discutir as vantagens do open source. O que interessa para o momento é que você pode baixar este pacote gratuitamente e de uma fonte segura.

O link é este: Libre Office 7.1.0 

Além do Windows, ele tem versões para Linux e MacOS.

Tudo bem, mas, e depois, como fazer a planilha?

Quem já tiver prática com planilha pode pular este parágrafo. Para os iniciantes, a primeira coisa a informar é que uma planilha de cálculo é como uma tabela, dessas que você vê facilmente em jornais, revistas e livros. Ou seja, uma forma de organizar dados em linhas e colunas. Os cruzamentos entre linhas e colunas são chamados de células. Cada linha é identificada por um número (inteiro e em ordem crescente) e cada coluna por uma letra (na ordem usual do alfabeto). Assim, podemos identificar a posição de cada dado indicando a coluna e a linha onde está. Por exemplo, se você colocou o dado salário na segunda coluna e terceira linha, ele está na célula B3. Tem um vídeo bem básico no YouTube que você pode ver: Planilhas Básico

A planilha de controle financeiro pode ser personalizada de acordo com as suas necessidades. O modelo que estou fornecendo tem as entradas mais comuns para a maioria das pessoas.

Nesta parte você vê os principais botões do Libre Office e o início da planilha que disponibilizei via Google Drive.

Nesta parte da planilha você pode ver um resumo da situação entre o que se recebe e o que se paga, bem como um gráfico que serve para comparar entradas e saídas de uma forma geral. Para quem não está acostumado com esses termos, chamamos de entrada tudo o que é recebido, seja na forma de salário, de aluguéis, de vendas; e de saída, tudo o que é pago. As saídas devem ser anotadas rigorosamente, preferencialmente na data em que foi feito o pagamento. Descrever cada item ajuda a perceber se tem um item em que se poderia economizar.

   Esta parte da planilha é dedicada a renda mensal. Coloquei Fonte de renda 1 e Fonte de renda 2, mas você pode mudar para Salário, por exemplo. Se você ainda não tem uma segunda fonte de renda, fica a dica: nos países desenvolvidos é normal que uma pessoa tenha mais de uma fonte de renda.

As despesas terão o nome que você escolher. A lista que está aí é somente ilustrativa. Suas despesas são só você que sabe, mas a dica é: quanto mais detalhes, melhor é o controle. Os valores devem ser digitados normalmente, usando a vírgula para separação das casas decimais. Quando apertar ENTER, o formato numérico será usado automaticamente.

Na parte Economia Mensal, você deve anotar tudo o que sobrou durante o mês, seja por conta de descontos que obteve, ou por uma conta que veio menor do que esperado, ou por outro motivo qualquer. ANOTE tudo. Se não sobrar nada, pense o que está impedindo que você economize e tente no próximo mês.

Se você já tem a planilha, aproveite para controlar suas finanças de uma forma mais eficiente.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE:

A planilha foi elaborada por mim, mas não representa nenhum compromisso entre mim e qualquer pessoa que fizer o seu download.

Espero que essa planilha o ajude a conquistar uma vida financeira melhor!

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Até breve!


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